Monitorização de Gás Radão: Proteja os Seus Trabalhadores
O gás radão é um inimigo invisível presente em muitos edifícios, com riscos sérios para a saúde e está presente em muitos edifícios em Portugal, sobretudo nos pisos térreos e subterrâneos. A legislação nacional já obriga à sua medição em várias situações, mas poucas empresas estão verdadeiramente conscientes do risco e das suas responsabilidades. A monitorização do radão é essencial e enquadra-se no âmbito da Monitorização Qualidade do Ar Interior. Neste artigo, explicamos de forma simples o que é o gás radão, como afeta a saúde, o que diz a lei e como a APO Partner pode ajudar a sua empresa a garantir ambientes de trabalho mais seguros, legais e saudáveis.
- ÍNDICE
- O que é o radão – e porque deve preocupar-se com ele?
- Como o radão entra nos edifícios?
- Quais são os riscos para a saúde?
- Como proteger a sua empresa do radão?
- Como é feita a medição do radão?
- Benefícios da avaliação do gás radão para o empregador
- Como a APO Partner pode ajudar?
- Caso prático de uma medição de radão
- Perguntas frequentes sobre a monitorização do radão
O que é o radão – e porque deve preocupar-se com ele?
O radão é um gás radioativo natural presente nas rochas e solos, cuja acumulação em edifícios representa riscos para a saúde humana. Desde 2006, têm sido estabelecidos limites legais para a sua concentração no ar interior, integrando-se progressivamente em diretivas e legislação europeias e nacionais sobre o desempenho energético dos edifícios e qualidade do ar. A legislação mais recente reconhece o radão como um risco para a saúde pública e laboral, exigindo a sua monitorização e mitigação da acumulação. Neste contexto, foi criado o Plano Nacional para o Radão (PNRn), coordenado pela Agência Portuguesa do Ambiente (APA), com ações focadas na avaliação, prevenção e comunicação do risco, incluindo uma campanha nacional de monitorização e a elaboração de um mapa de suscetibilidade. A abordagem do PNRn é multissetorial, envolvendo várias entidades e prevendo revisões com base em novos dados e recomendações internacionais.
Como o radão entra nos edifícios?
O radão entra nos edifícios a partir do solo, através de fissuras, juntas de dilatação, rachas no pavimento, caixas de cabos, canalizações e outros pontos de contacto com o terreno. Como é um gás, consegue infiltrar-se facilmente por pequenas aberturas, acumulando-se em espaços fechados e pouco ventilados — especialmente em caves, garagens, armazéns e pisos térreos. A pressão negativa no interior dos edifícios em relação ao solo favorece essa entrada contínua, tornando essencial a monitorização regular, mesmo em construções aparentemente seguras ou modernas.
Quais são os riscos para a saúde?
A exposição prolongada ao gás radão representa riscos sérios para a saúde, sendo considerada uma das principais causas de cancro do pulmão, logo a seguir ao tabaco. Quando inalado, o radão e os seus produtos de decaimento radioativo depositam-se nos pulmões, libertando radiação que pode danificar o tecido pulmonar ao longo do tempo. Este risco é particularmente elevado em ambientes fechados e pouco ventilados. Estudos científicos demonstram que a exposição contínua a níveis elevados de radão aumenta significativamente a probabilidade de desenvolver doenças respiratórias graves, mesmo em pessoas não fumadoras. Por isso, a Organização Mundial da Saúde classifica o radão como um agente cancerígeno do Grupo 1, o que reforça a importância de medir e controlar os níveis deste gás nos espaços interiores.
Como proteger a sua empresa do radão?
Proteger-se do radão implica, acima de tudo, detetar a sua presença e agir rapidamente para reduzir a exposição. Eis as principais formas de o fazer:
- Medição regular dos níveis de radão: O primeiro passo é sempre medir. Só assim é possível saber se os níveis estão dentro dos limites recomendados. A medição deve ser feita com detetores passivos, colocados durante um período mínimo de 3 meses, de preferência no inverno (época de menor ventilação).
- Ventilação natural e mecânica: Melhorar a ventilação dos espaços interiores ajuda a dispersar o radão acumulado. Em edifícios com concentrações moderadas, abrir janelas regularmente pode fazer diferença. Em casos mais graves, é necessário recorrer a sistemas de ventilação mecânica.
- Selagem de fissuras e pontos de entrada: Vedar fendas no pavimento, nas paredes, junto a canalizações ou cablagens reduz significativamente a infiltração de radão proveniente do solo.
- Despressurização do subsolo (mitigação ativa): Em edifícios com níveis elevados, pode ser necessário instalar sistemas de despressurização abaixo da laje do piso, que impedem que o radão entre a partir do solo. Esta é uma das soluções mais eficazes em contextos industriais ou comerciais.
- Projetar edifícios com prevenção desde o início: No caso de novas construções, a implementação de barreiras anti-radão e sistemas de ventilação adequados logo na fase de projeto pode evitar a acumulação do gás no futuro.
- Acompanhamento técnico especializado: Contar com uma empresa especializada, como a APO Partner, garante uma análise correta da situação e a implementação das melhores soluções, desde a medição até à remediação.
Como é feita a medição do radão?
Recomenda-se que a prestação do serviço de medição do radão seja realizada por empresas que tenham demonstrado a sua competência junto da APA. A APO Partner é uma empresa reconhecida pela APA para esse fim, fornecendo uma solução para a medição de radão através de detetores passivos.
A única forma de saber a concentração de radão é através da sua medição. A APA recomenda que a monitorização inicial do radão no interior de edifícios seja efetuada recorrendo a detetores passivos por um período não inferior a 3 meses e até 1 ano. Os detetores são de pequenas dimensões, fáceis de usar e não necessitam de energia para funcionar. Apesar de tudo, a sua colocação deve ser realizada por técnicos qualificados.
A periocidade da monitorização é definida em função das zonas de suscetibilidade de exposição ao radão, de acordo com o mapa nacional e em função dos dados de avaliações anteriores. A quantidade de detetores a colocar nos edifícios obedece a critérios de dimensão e tipologia variáveis.
Como funciona a medição:
- Pequenos dispositivos chamados detetores passivos, instalados em pontos estratégicos.
- Medição mínima recomendada: 3 meses (idealmente durante o inverno).
- Não requerem energia nem alteram a rotina de trabalho.
- Análise feita em laboratório acreditado.
A medição deve ser feita por empresas reconhecidas pela APA — como a APO Partner.
Benefícios da avaliação do gás radão para o empregador
- Cumprimento de uma obrigação legal;
- Conhecimento da concentração de radão no interior do edifício e ações a tomar;
- Contribuição para a proteção dos trabalhadores face ao efeito provocado pela exposição ao radão no local de trabalho e para a melhoria da saúde ocupacional;
- Demonstração de compromisso em matérias de segurança e saúde no trabalho.
E se os resultados não forem conformes?
Nesse caso, é necessário:
- Comunicar os resultados às autoridades competentes
- Aplicar medidas de remediação (como ventilação mecânica ou natural)
- Repetir a medição após a implementação das soluções
A APO Partner acompanha-o em todas estas etapas.
Como a APO Partner pode ajudar?
- Apoio no enquadramento da zona de suscetibilidade de exposição ao radão, de acordo com o mapa nacional;
- Definição de um plano e estratégias de medição;
- Definição da quantidade de detetores e periocidade da monitorização;
- Interpretação e enquadramento dos resultados da concentração de radão no interior dos edifícios;
- Orientações gerais para implementação de medidas preventivas e de remediação.
Colaboração na medição de radão pela APO Partner
Na prossecução da sua atividade, a APO Partner conta inúmeras experiências na colocação de detetores para a medição do radão e emissão de resultados, na mais diversificada tipologia de empresas, públicas e privadas.
Caso prático de uma medição de radão
Vamos analisar um caso prático?
O edifício sede de uma determinada empresa de contabilidade é constituído por 3 pisos com cerca de 150 m2 cada: o piso -1 (piso subterrâneo), o piso 0 (piso térreo) e o piso 1 (superior). Todos os pisos são ocupados por gabinetes de trabalho individuais e não existem diferenças de atividade e ambientais significativas. O mesmo edifício, de acordo com o mapa nacional de suscetibilidade de exposição ao radão, encontra-se localizado numa zona classificada como risco baixo. A empresa não tem histórico de medições, pois é a primeira vez que pretende proceder à avaliação de radão (diagnóstico). Atendendo aos dados descritos, quantos detetores devem ser colocados? E qual a periocidade de monitorização?
No caso de pisos subterrâneos, devem ser colocados detetores em todas as divisões ocupadas em permanência. Por definição, entende-se como “ocupada em permanência” qualquer divisão ocupada em mais de 50 horas anuais, ou seja, uma média de 15 minutos diários. Assim, para o piso -1, constatou-se que existiam 6 gabinetes que cumpriam essa definição e como tal, seriam necessários 6 detetores.
Relativamente ao piso térreo, dado tratar-se de uma zona de escritórios individuais e pequenos, o critério será colocar 1 detetor por cada 100 m2. Como o piso possui 150 m2, será necessário colocar 2 detetores em 2 gabinetes aleatórios ou em 2 gabinetes onde é expectável maior risco de exposição (avaliação de fatores organizacionais e ambientais internos). Normalmente corresponde a um terço de todas as divisões.
No que diz respeito ao piso 1, dado que não é obrigatória a realização da medição em pisos superiores, pode-se excluir da avaliação ou colocar pelo menos 1 detetor, conforme recomendado. Atendendo a um princípio de representatividade, opta-se pela recomendação e como tal, será necessário colocar 1 detetor neste piso.
Assim, temos que para este caso prático será necessário colocar 9 detetores, para se proceder à avaliação de diagnóstico, distribuídos da forma evidenciada. Uma vez que se trata de uma zona de risco baixo, a periocidade da monitorização será de 5 em 5 anos, no caso dos resultados estarem conformes.
Perguntas frequentes sobre a monitorização do radão
O empregador deve realizar a medição do radão, quando as instalações da empresa se localizarem exclusivamente em pisos acima do piso 0?
Não. Acima do piso térreo não é obrigatório proceder-se à medição do radão, embora seja recomendada a instalação de pelo menos 1 detetor em cada piso superior.
Após a avaliação de diagnóstico e a obtenção de resultados não conformes o que se deve fazer?
Além da comunicação com as autoridades competentes, devem ser aplicadas medidas de remediação para baixar e controlar os níveis de concentração de radão no interior dos edifícios e posteriormente, realizar uma nova campanha de medição para avaliação da eficácia nos pontos onde o limite de exposição foi ultrapassado.
Que medidas de prevenção e remediação existem e como podem ser aplicadas?
Devem ser consideradas medidas de proteção tanto na construção de novos edifícios (medidas preventivas) como nos edifícios existentes (medidas corretivas ou de remediação). As medidas de prevenção e remediação distinguem-se entre as que utilizam métodos mecânicos para a ventilação e/ou despressurização (medidas ativas) e as que utilizam ventilação natural (medidas passivas). Frequentemente, a redução da concentração de radão é alcançada pela combinação de diversas estratégias de mitigação.
Existem regras para definir o número de medições e a periocidade de monitorização?
Sim. A APA apresenta critérios para a definição do número de medições em função da caracterização do edifício e a sua dimensão. A periocidade da monitorização é definida em função das zonas de suscetibilidade de exposição ao radão, de acordo com o mapa nacional e em função do histórico de resultados.
Artigo atualizado à data de 30/05/2025